sábado, 27 de outubro de 2012

Inconsequente


A madrugada está fria sem você, quer dizer, continuaria fria mesmo que você estivesse aqui, mas, você sabe, frio à dois é melhor que a um... Eu acho. É, eu sempre acho, nunca tenho certeza, e isso me incomoda.Também não tinha certeza do que eu sentia por ti, e quando eu achei que finalmente havia encontrado a resposta, você me trouxe um novo ponto de vista, tão racionalmente contundente que varreu toda essa minha suposta certeza e me jogou de volta no confuso emaranhado dos pensamentos e sensações. E lá fiquei, sem sabe como lidar, como eu nunca soube.

Tentei achar uma resposta na música, e mesmo sendo amador no piano, compus uma canção para você; levei o sábado inteiro. É uma canção sem letra, com notas semi-rápidas que se misturam a notas longas densas e tristes.
Queria que ela tivesse letra, mas tudo é tão intenso-confuso dentro de mim, que se torna impossível por em palavras, pois nenhuma delas parece conseguir traduzir com exatidão tudo que eu tenho sentido. Nem próximo elas conseguem chegar. E olha que já revirei o dicionário inteiro.

Da última vez que te vi, num ímpeto de admirável (tsc tsc) inteligência, disse que: "você está muito chata hoje...", quando, na verdade, eu queria desesperadamente ter dito e confessado que "sinto falta das nossas longas conversas de antes, quando nossos mundos se encontravam deliciosamente e tudo era agradável".
Mas, como previsível, eu não sei as regras do jogo, e sempre cometo todas as infrações.


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